quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Apresentação na escola Vieira de Araújo, Vieira do Minho (24-10-11)

Ficam algumas fotos da minha passagem pela escola Vieira de Araújo, em Vieira do Minho. Houve uma química muito positiva com professores e alunos, o que tornou a abordagem rica e profícua. Agradeço toda a simpatia e carinho que me dispensaram e espero poder regressar em breve!






domingo, 23 de outubro de 2011

Feira Internacional do Livro de Frankfurt

Ficam algumas imagens da minha passagem pela Feira Internacional do Livro de Frankfurt. Foi uma excelente jornada, repleta de encontros literários e profissionais, onde se fica a perceber a magnitude desta indústria e a infinidade de soluções e caminhos a percorrer. 








segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Entrevista à revista: Livros & Leituras

Livros & Leituras - Quem é?
Richard Towers – Sou escritor, criador, autor, editor, assino Richard Towers e o meu nome é Martinho Torres.  
L&L - Como e quando começou a interessar-se por literatura? 
RT – A literatura faz parte da minha formação académica e sempre foi um mundo que me atraiu. Cresci a ler todo o tipo de livros, pois estes permitem-nos viajar, viver aventuras, crescer mentalmente e espiritualmente. Aprofundei conhecimentos, refleti, tornei-me consciente enquanto ser que vive integrado numa sociedade exigente, competitiva e onde os deslizes não são perdoados. É importante perceber que nós somos o que lemos.
L&L - Por que motivo resolveu escrever livros?
RT - Os livros chamaram por mim. Como criador que sou, não passa um só dia em que não tenha uma ideia. Estive muitos anos ligado à música e compunha com frequência; o chamamento da literatura surgiu quando decidi escrever um argumento para um disco. Curiosamente, esse argumento indicou-me o caminho e, a partir daí, não mais parei de escrever.  Neste momento, a escrita tomou o lugar da composição.
L&L - Em que é que se inspira para escrever um livro?
RT - Quando decidi escrever profissionalmente, percebi que entrar no mercado não seria tarefa fácil. Dei azo à minha inventividade e criei um novo conceito: o livro-objeto. O livro-objeto consiste na função dupla do livro – o livro-relógio Tempo, por exemplo, tem um relógio real integrado na capa e pode ser usado como relógio de parede, tal como o livro-espelho Reflexos tem um espelho integrado na capa. O próximo lançamento será o livro-xadrez O Desafio; a capa do livro é um tabuleiro e a embalagem inclui 32 peças em madeira para que se possa jogar. Com esta nova abordagem, além de conseguir entrada no mercado, resolvi a questão da inspiração, pois a temática do livro está sempre subjacente ao objeto: o tempo, o reflexo, o jogo... Em relação à minha escrita, considero-me um ficcionista que procura o equilíbrio entre o fantástico e o filosófico. As minhas personagens são ambíguas, voláteis, expressam-se em diversas dimensões; a minha linguagem é muitas vezes poética, embora apareça, a espaços, crua e objetiva.
L&L - Qual foi a obra que mais gostou de escrever e porquê?
RT - Continuo a considerar o meu primeiro texto Apolion ou A Paixão de Lúcifer uma criação única e incomparável. Foi uma obra de parto difícil, obrigou-me a vários anos de pesquisa, a várias reescritas, a uma delicada fiação. Com esse texto, enriqueci a minha linguagem e a minha visão do mundo, daí o considerar a minha obra suprema. Posso adiantar que conhecerá a luz do dia ao longo do próximo ano.
L&L - Se não fosse escritor, o que gostava de ser? 
RT - Músico seria a resposta mais óbvia, mas como ainda me considero músico, julgo que não é válida. Se não fosse escritor, seria pintor. Apaixona-me a pintura – a forma como se conjugam as cores, como se obtêm as texturas, como se chega a um resultado final que nos extasia. É um pouco como a música – não são necessárias palavras para se perceber todo um mundo.
L&L - Quais são seus autores preferidos?
RT - Inúmeros. Apaixonei-me recentemente pela literatura russa, a qual me serviu de inspiração para escrever o livro-xadrez O Desafio. Autores como Gogol, Dostoiévski ou Tolstói têm preenchido o meu imaginário literário e, embora nunca tenha ido à Rússia, sinto que um pedaço daquele lugar me pertence. Também gosto de autores contemporâneos; cá, há boas referências, casos do José Luís Peixoto, do valter hugo mãe (em minúsculas para respeitar a vontade do criador) ou do Gonçalo M. Tavares que têm criado obras de muito valor e desenvolvido uma carreira consistente, na linha da nossa grande tradição literária. Fica também o elogio a todos os outros autores que ergueram bem alto o nome de Portugal.
L&L - Que conselho daria a alguém que deseje vir a ser escritor? 
RT - É necessária muita persistência, uma grande abnegação, capacidade para entender e tirar partido das críticas, ser genuíno e enfrentar a adversidade com um sorriso.
L&L - Para quando um novo projeto editorial?
RT - Ainda este ano, será lançado o livro-xadrez O Desafio. Para o próximo ano, há vários títulos na forja; um deles já foi referido (Apolion ou a Paixão de Lúcifer) e há mais dois que já concluí e que apenas esperam pelo melhor momento para se darem a conhecer ao público. Pretendo, a longo prazo, criar uma coleção única de livros-objeto, assinados Richard Towers e Neoma Produções, a minha editora (www.neoamproducoes.com), por isso, considero que a aventura está apenas no início.